
Alimentar a população do planeta, hoje em torno de seis bilhões de pessoas, não é tarefa fácil. Desde que deixou de sobreviver apenas do que a natureza fortuitamente lhe proporcionava e passou a cultivar a terra, há cerca de dez mil anos, o homem veio aperfeiçoando métodos de lidar com os chamados agrorrecursos, produção de alimentos, matérias-primas para a indústria, condimentos, produtos medicinais e rituais.
Destacam-se ao longo do tempo grandes mudanças que ajudaram a revolucionar a agricultura, especialmente a partir do século XVIII, com o desenvolvimento de ciências como Mecânica, Química, Fisiologia Vegetal e Animal. Nesse contexto, veio surgindo a Agronomia ou Engenharia Agronômica como área de conhecimento.
A área de atuação atual do engenheiro agrônomo é vasta. No campo brasileiro, as unidades de produção apresentam-se complexas – existem unidades produtivas especializadas com condições tecnológicas modernas, e unidades que também produzem alimentos e matérias-primas em condições de policultura e tecnologia socioambientalmente adequada.
Nesse sentido, o profissional engenheiro agrônomo pode ter uma formação ao mesmo tempo generalista com alguma especialização. Esse perfil o habilita a atuar em áreas diversificadas como as da produção agrícola (pequenas e grandes plantações, produção familiar e não-familiar),
irrigação, topografia, beneficiamento e armazenamento de grãos, defesa sanitária vegetal, processamento de produtos agrícolas, alimentos e nutrição animal, melhoramento genético e biotecnologia, e nas vertentes demandadas pelo espaço urbano.
A atuação do engenheiro agrônomo abarca não apenas atividades internas à unidade de produção, alcançando as esferas do ensino (universitário e em escolas técnicas e de ensino médio), da pesquisa (empresas públicas e privadas), do planejamento, da assistência técnica, extensão e comercialização. Profissionalmente, o engenheiro agrônomo pode se estabelecer como assalariado ou como autônomo, prestando assessoria a empresas e unidades produtivas, buscando a valorização de postura empreendedora.
Na vertente urbana de sua atuação, o engenheiro agrônomo atua na distribuição dos produtos agrícolas nos diversos níveis de consumidores. Por outro lado, o planejamento da paisagem, por intermédio da ação em paisagismo e arborização, é fato consumado. Nesse sentido, a atuação no meio rural e no urbano significa preocupação integral com o ambiente, seja do campo ou da cidade.
A tendência do mercado de trabalho para o engenheiro agrônomo é francamente favorável. Merece ainda maior destaque, nos dias atuais, a projeção que o Brasil vem alcançando na produção de energia de fontes renováveis (álcool e biodiesel), os biocombustíveis. A chamada agroenergia é, atualmente, referência no trabalho agronômico.
Em linhas gerais, portanto, o estudante de Agronomia deve se identificar com as atividades do campo, e também da cidade. Deve gostar de estudar os processos que envolvem a produção de alimentos de maneira sustentável, que, em síntese, é o âmago da profissão. Sejam bem-vindos, portanto, os alunos que tenham gosto pela pesquisa e a leitura, bem como pela multidisciplinaridade, preocupação ética em contribuir para a conservação dos recursos naturais e respeito à diversidade social.
"Alimentar a população do planeta, hoje em torno de seis bilhões de pessoas, não é tarefa fácil" Discordo de você.
ResponderExcluirA humanidade hoje produz comida suficiente para alimentar todo o planeta mais de duas vezes... o problema é o desperdício devido ao comércio.assim jogamos fora mais da metade do que produzimos..